Psis que falam_____

ANTONIO Lancetti

“É preciso meter o pé na lama, entrar onde ninguém te chama, atravessar o limiar entre a liberdade e a demanda (…) Você pode criar dispositivos analíticos em qualquer lugar, porque é só o cara ir lá e ressignificar a sua história que você está fazendo análise.”

No episódio #1 Antonio Lancetti fala da sua formação psicanalítica e política em seu país de origem, a Argentina, e de sua vinda em exílio para o Brasil, em 1979. Aqui Lancetti mergulhou na causa da saúde mental, liderando a intervenção que transformou Santos na primeira cidade brasileira sem manicômios. Consultor do Ministério da Saúde, trabalhou com a problemática das drogas e do crack – o grande desafio para as cidades e para a saúde pública em São Paulo e no Brasil. Sua significativa contribuição inclui também a direção da coleção SaúdeLoucura, hoje com 50 títulos, publicada pela editora Hucitec e das obras “Clínica Peripatética” e “Contrafissura e plasticidade psíquica”.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de Direção: Lúcia Lima
Assistência de Produção: Juliana Kase
Iluminação: Eduardo Barcellos
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti e Eduardo Barcellos
Som Direto: Silvio Cordeiro
Edição: Matias Lancetti
Design gráfico: Rafic Farah
Mobilização: Taturana
Comunicação Digital: Babi Sonnewend e Zé Agripino
Realização: Tupi produções

Chaim Katz

“O outro em mim, esse outro que me incomoda, me interessa muito. Por isso me tornei psicanalista. Quando vem alguém me procurar, procuro atender também esse outro, que até hoje é irrequieto, não ficou velho, não sossegou.”

No episódio #02 Chaim Katz conta de sua trajetória como intelectual – escritor e professor, referência nas áreas de psicanálise, filosofia, sociologia e história. Além de sua formação “deslizante”, como ele mesmo coloca, Chaim tem uma atuação marcante na vivência da esquerda não partidária e na politização da psicanálise em atuações na Sociedade de Psicanálise do Rio de Janeiro, com destaque para iniciativas de atendimentos sociais.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de Direção: Lúcia Lima
Assistência de Produção: Juliana Kase
Iluminação: Eduardo Barcellos
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti e Eduardo Barcellos
Som Direto: Silvio Cordeiro
Edição: Matias Lancetti
Design gráfico: Rafic Farah
Mobilização: Taturana
Comunicação Digital: Babi Sonnewend e Zé Agripino
Realização: Tupi produções

Maria Rita Kehl

“Mexer nesse vespeiro [da ditadura] pro Brasil acostumado com o jeitinho, com o ‘deixa disso’, com ‘não vamos falar naquilo que incomoda’, foi tão pesado que eu acho que não foi à toa que nas passeatas contra a Dilma havia um ou outro — eram poucos, mas nós que somos psicanalistas sabemos que os sintomas às vezes se manifestam num detalhinho – pedindo intervenção militar.”

No episódio #3 Maria Rita Kehl fala de suas primeiras atividades profissionais no jornalismo, enquanto ainda cursava psicologia, de sua participação no Jornal Movimento, um importante veículo alternativo durante a ditadura civil militar, e de um programa feminino de rádio, que a aproximou da psicanálise e a fez iniciar sua clínica. Além do consultório, Kehl também conta de seus atendimentos a militantes do MST e de sua participação na Comissão Nacional da Verdade, investigando as violações de direitos humanos de povos indígenas e camponeses. Outro engajamento seu é pelas locomoções a pé, que se adequam a seu pensamento caminhante.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de Direção: Lúcia Lima
Assistência de Produção: Juliana Kase
Iluminação: Eduardo Barcellos
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti e Eduardo Barcellos
Som Direto: Silvio Cordeiro
Edição: Matias Lancetti
Design gráfico: Rafic Farah
Mobilização: Taturana
Comunicação Digital: Babi Sonnewend e Zé Agripino
Realização: Tupi produções

Fábio Landa

“Aquilo que conta é o choque e o encontro entre eu e uma pessoa na minha frente […] A outra pessoa, que vem me dizer alguma coisa e a princípio eu não entendo absolutamente nada. E esse choque de não entender nada estabelece uma relação de humildade, de modéstia, de medo diante daquilo que está acontecendo.”

No episódio #4 Fabio Landa fala de várias fases em sua trajetória: Fabios que surgiram e foram “morrendo” para darem lugar a outros. O Fabio médico; o Fabio da Associação para o Desenvolvimento do Cidadão e dos atendimentos de clínicas públicas ou da experiência da Cadeia de Osasco; o Fabio de carreira acadêmica em trocas com Gaiarsa, Fédida, Ferenczi, Nicolas Abraham; o Fabio atuante no Brasil ou na França; e o Fabio de tantos pensamentos instigantes sobre psicanálise, ideologia e a clínica da transmissão.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Produção: Ana Prync
Direção de fotografia: Vinícius Casimiro e Thaisa Oliveira
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti, Thaisa Oliveira e Fernanda Cristiane
Som direto: Vinícius Casimiro
Edição: Fernanda Cristiane
Design gráfico: Rafic Farah
Comunicação digital: Ana Prync e Ananda Guapa
Realização: Tupi produções

Christophe Dejours

“Acho que a emancipação continua sendo uma questão totalmente essencial, tanto do ponto de vista da psicanálise, ou seja, do ponto de vista do desenvolvimento psíquico individual, de uma trajetória de vida, quanto, por outro lado, acho que a emancipação é uma verdadeira questão política e, portanto, tomo posição a favor da emancipação”

No episódio #5 o médico e psicanalista francês Christophe Dejours apresenta seu pensamento falando sobre a questão da emancipação, pertinente tanto à sexualidade e à subjetividade, quanto ao sofrimento no trabalho, um dos principais temas na trajetória de Dejours, que é o criador da psicodinâmica do trabalho.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Produção: Ana Prync
Direção de Fotografia: Vinícius Casimiro e Thaisa Oliveira
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti, Thaisa Oliveira e Fernanda Cristiane
Som direto: Vinícius Casimiro
Edição: Fernanda Cristiane
Comunicação digital: Quelany Vicente
Realização: Tupi produções

Maria Lúcia da Silva

“Falar de mim é fundamentalmente falar da minha ação no mundo, do meu ativismo no mundo.”

No episódio #6 Maria Lúcia da Silva conta da sua trajetória, o descobrir-se negra, descobrir-se mulher, tornar-se psicanalista, sempre permeada por sua luta e ativismo. Lúcia conta de importantes pares no trabalho que fazia no metrô, no CECAN (Centro de Cultura e Arte Negra), na faculdade de psicologia, no Instituto AMMA – Psique e Negritude e também com nomes referência que acompanharam seus trabalhos e estudos como George Lapassade, José Bleger, Marlene Guirado, Bruno Bettelheim, Frantz Fanon, Neuza Santos, Martin Luther King, Malcon X, entre outros.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Produção: Ana Prync
Direção de Fotografia: Vinícius Casimiro e Thaisa Oliveira
Câmeras: Heidi Tabacof, Matias Lancetti, Thaisa Oliveira e Fernanda Cristiane
Som direto: Vinícius Casimiro
Edição: Fernanda Cristiane
Comunicação digital: Quelany Vicente
Realização: Tupi produções 

Oswaldo Ferreira Leite Netto

“O que a psicanálise representa pra mim é sempre o sentido de ampliar, abrir, conquistar espaços, conquistar territórios. Liberdade, não é? E acho que a minha vida que se liga à psicanálise vem desse processo que é de atravessar fronteiras.”

No episódio #07 o psicanalista Oswaldo Ferreira Leite Netto conta seu percurso desde os questionamentos sobre que rumo seguir dentro dos estudos de medicina, passando pela descoberta da psicanálise e o exercício de uma clínica que sempre lhe pareceu um espaço de libertação para as pessoas. Oswaldo se tornou professor de psicanálise no curso de Medicina da USP, diretor do Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, além de membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, onde é pioneiro em grupos de estudo sobre psicanálise e homossexualidade. Seu depoimento é marcado por seu olhar e seu tom profundo e afetuoso.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas Tabacof Waks
Produção: Ana Prync e Quelany Vicente
Câmeras: Cecília Engels e Jozzuu
Edição: Cecília Engels
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas Tabacof Waks
Realização: Tupi produções

Suely ROLNIK

O que funda a psicanálise é a necessidade de nos reconectar com a nossa condição de ser vivo”.

No episódio #08 a psicanalista Suely Rolnik fala sobre como entende os princípios da psicanálise – uma forma de reconexão do espírito com a pulsão, fala também da interação entre esses seres num ecossistema ambiental, social e mental e das complexidades e adversidades da maneira como vivemos, que ela descreve como um regime colonial-racializante-capitalístico. Suely traz referências da filosofia à psicanálise, da arte à política, da cultura indígena à européia, da teoria à prática.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas Tabacof Waks
Produção: Ana Prync e Quelany Vicente
Câmeras e som direto: Cecília Engels e Jozzuu
Edição: Cecília Engels
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas Tabacof Waks
Realização: Tupi produções

Isildinha Baptista Nogueira

“Acho que essa dor do racismo é anterior à minha consciência de que havia uma diferença entre as crianças, mas naquele momento eu ainda não entendia essa diferença como uma questão que atravessava uma cultura, um povo, uma história.”

No episódio #09 a psicanalista Isildinha Baptista Nogueira fala de sua trajetória, entre adversidades e desejos que a fizeram cruzar barreiras e continentes para fazer sua formação na França, onde estudou, pesquisou e iniciou a prática que veio desenvolver no Brasil. Isildinha concilia seu consultório ativo e profícuo com atividades de transmissão e acadêmicas – é mestre em psicologia social pela PUC-SP e doutora pela USP, onde produziu a tese que deu origem ao livro “A Cor do Inconsciente: Significações do Corpo Negro”, indicado ao Prêmio Jabuti em 2022. Isildinha apresenta uma fala suave, contundente e comprometida com as questões raciais e sociais, que a atravessam na pele e no ofício.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas Tabacof Waks
Produção: Heidi Tabacof e Quelany Vicente
Direção de Fotografia: Cauê Steinberg
Câmeras e Som direto: Fernanda Cristiane e Cauê Steinberg
Edição: Fernanda Cristiane 
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas Tabacof Waks
Realização: Tupi produções

MIRIAM CHNAIDERMAN

“Eu sou de fato alguém que acompanhou muito de perto o nascimento de uma forma de ser psicanalista que aconteceu dos anos 70 pra cá.”

No episódio #10 Miriam Chnaiderman narra sua participação na intensa vida política e cultural de seus pais, Regina e Boris Schnaiderman, e sua trajetória como psicanalista, escritora e professora no Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae, onde atua desde sua criação. Além disso, tem um trabalho expressivo como cineasta, com destaque para os premiados filmes Artesãos da morte e De gravata e unha vermelha.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas Tabacof Waks
Produção: Heidi Tabacof e Quelany Vicente
Fotografia: Cauê Steinberg
Câmeras e Som direto: Fernanda Cristiane e Cauê Steinberg
Edição: Fernanda Cristiane
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas Tabacof Waks
Realização: Tupi produções

COLETIVO PERIFANÁLISE

No episódio #11 sete psicanalistas do Coletivo Perifanálise trazem seus testemunhos, a vida na periferia e a experiência de um projeto de atendimentos psicanalíticos na e para a periferia. Com cada um dos perifanalistas vamos compondo um universo e ao mesmo tempo descobrindo as particularidades de Paula Eloisa Jameli, Emília da Silva Ramos, Rosimeire Bussola, Reine Rodrigues, Thainá F. Aroca, Veronica Rosa da Silva e Jefferson Santos Pinto.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas T. Waks
Produção: Heidi Tabacof e Quelany Vicente
Fotografia: Cauê Steinberg
Câmeras e Som direto: Fernanda Cristiane e Cauê Steinberg
Edição: Fernanda Cristiane
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas Tabacof Waks
Realização: Tupi produções

Jorge Broide

“Essa questão de trabalhar com outras situações fora do consultório foi uma questão que me tomou pela vida inteira. Eu sinto como algo que me toma e que me leva a investigar cada vez com maior profundidade o que é essa psicanálise rigorosa que tem que ser feita fora do consultório.”

No episódio #12 o psicanalista Jorge Broide fala das motivações e trajetórias que o levaram a trabalhar no consultório, na formação e na escuta das ruas e cidades, construindo dispositivos para que a psicanálise alcance o que está fora dos consultórios de classe média.

EQUIPE

Direção e Produção executiva: Heidi Tabacof
Assistência de direção: Jonas T. Waks
Produção: Heidi Tabacof e Quelany Vicente
Fotografia: Cauê Steinberg
Câmeras e Som direto: Fernanda Cristiane e Cauê Steinberg
Edição: Fernanda Cristiane
Vinheta musical: Vitor Kisil
Design gráfico: Julio Dui_mono
Comunicação digital: Quelany Vicente e Jonas T. Waks
Realização: Tupi produções